quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Universo

Universo:
onde está tudo.
Você pensou
algo inovador,
tenha certeza,
está no universo,
o seu pensamento
e também está nele
você.
Sua família,
seu cachorro,
o que sobrou da mata atlântica,
nebulosas, estrelas, galáxias.
Todas as coisas das enciclopédias,
os filmes da Disney,
e da guerra nas estrelas.
Mas o que me intriga é pensar:
o que contem o recipiente disto tudo?
Afinal tudo está no universo, mas...
...e ele onde está?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vingança moral

Todos estão convocados,
para lutar nesta guerra.
Todos nós fomos roubados,
saquearam nossa terra.

Atacaremos nosso inimigo.
Peguem arco e flecha, espadas
destruiremos seu abrigo
Deles não restará mais nada!

Mal sabiam os ladrões
o que por eles esperava.
Seriam atacados por leões,
uma força que não se imaginava.

Na noite planejada
foram ao acampamento.
Para lidar da forma esperada
contra seu maior tormento.

Matem, esses malditos,
enquanto ainda dormem!
Morrerão como cabritos
na faca de um homem.

Não houve resistência,
foi um massacre geral.
Mataram com eficiência,
não restou nenhum mortal.

Os saques recuperados,
tudo volta ao natural.
Os guerreiros saciados,
de sua vingança moral.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Não há fim, há mudança

Os seres humanos sempre tiveram a necessidade de medir todos os objetos da natureza. Tanto na forma quanto na duração. E dessa necessidade que surgiu o conceito de fim. O término é uma ideia que aparece para facilitar as categorizações humanas portanto é artificial.
Se observarmos com atenção o universo podemos concluir sem muito esforço que todos os seus entes são mutáveis. Como já postulado por Heráclito tudo flui,a única constante é a mudança. Quando um animal morre seu corpo decompõe-se e torna-se matéria orgânica que alimenta plantas que alimentarão outros animais. Não há fim há continuidade.
Em corroboração a isso temos o que disse Lavoisier "nada se cria tudo se transforma". Enquanto percebemos que no plano natural não há perda e sim apenas mudança, o mesmo também pode ser constatado no plano conceitual. O conhecimento evolui modifica-se. Progressões numéricas, frutos da pura abstração, são infinitas. Sempre é possível adicionar um novo número,reformulando seu antecessor e produzindo o novo, o diferente.
Dessa forma pode-se tomar todo fim como outro começo, visto que os finais são apenas limites antrópicos para definir e destacar objetos específicos que na verdade são integrantes indissociáveis do todo. Quando algo "termina" transmuta-se metamorfoseia-se, trazendo consigo uma nova fase do ente que o gerou. O futuro é advindo do passado e intimamente relacionado com ele. O fim é o começo diverso, é a expressão da mudança efetuada.