domingo, 28 de julho de 2013

Eu pedi uma história, ele fez:



Por Joaquim Francisco Bertuol Porto,

E então fizeram aquilo. Haviam inventado o começo de uma era de simuladores de realidade virtual, que iriam a longo prazo substituir toda e qualquer relação física humana. Tudo começou nos anos 2700, quando a virada do século impulsionou a indústria de entretenimento globalizado em tempo real. Já se havia especulações da criação de um mundo virtual a parte do nosso real, em enormes servidores espalhados pelo mundo, onde com um simples traje de realidade virtual poderia-se viver uma vida virtual e completamente ao seu gosto. No início parecia inofensivo.
Depois disso o mundo virtual cresceu demais. As pessoas não demoraram para descobrir como fazer dinheiro com o novo videogame e o que era uma diversão começou a se tornar emprego para alguns pobres coitados. Depois, com a crise de não se ter empregados por conta do dinheiro que se fazia no jogo, a migração para aquele novo sistema de negócios era evidente.
Foi então que tudo foi por água a abaixo, com a nova poltrona FlexCo, a única que tinha cateteres posicionados e um suplemento de soro, para você poder ficar horas no jogo. "Isso só pode ser mentira! As pessoas não comprariam isso!" - você me perguntaria. Bem, não é a primeira vez que ideias rídiculas enchem a mente das massas na nossa historia não é mesmo? Enfim, eu vi tudo isso acontecer, na realidade me sinto culpado por isso tudo. Eu, Romanov Chruaesky, inventor do chamado mundo virtual, a AlterTerra como é conhecida atualmente. se alguém um dia voltar pra nossa querida terra real, leia este bilhete e desligue tudo, eu sou o último homem a ir para a realidade virtual, e não sei se um dia alguém voltará. Adeus e olá, amigo.