quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cadê o Tempo?

Tem muito tempo,
que o tempo anda sumido.
Foi passear em outro campo,
me pergunto porque teria partido.

Se foi, não me disse com quem.
se ficou, foi escondido.
O fato é que o tempo é meu amigo.
E não pode fazer assim comigo,

Volta tempo!
Volta logo!

Senão, não tenho tempo
pra esperar você chegar,
pra sentir saudades suas,
pra você ter sequer ido embora.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O espaço anda mal,

ele nem anda, pra falar a verdade.
Essa história de deslocar-se sobre si
ele desmente, diz que é mentira pura,
maldita leviandade.

Sempre foi imóvel,
e imutável, até onde se lembra.
Não anda de lá pra cá,
não se separa, nem se desmembra.

Nunca esteve num só lugar.
Por estar sempre em todos.
Não é que queira a todos agradar.
É que, não comparecer, lhe parece falta de modos.

O vazio que a tudo preenche,
e é por tudo preenchido.
O espaço nunca se move,
se, se movesse, já teria morrido

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Em um mundo paralelo

Em um mundo paralelo,
havia um carro amarelo.

E esse mundo era diferente.
Nele, à trás era à frente.

O junto, era solitário,
era tudo ao contrário.

Nele, o dia era noite.
O carinho era açoite.

A morte era a vida.
A cura era a ferida.

E aquele carro amarelo,
não era um tàxi.