sexta-feira, 31 de julho de 2009

___________NADA®_________

nada, tudo,
tudo, nada.
se tudo nada,
o que é que anda?
e quem voa e nada ?
e quem voa e anda?
e quem nem voa nem nada?
só sei que nadar sei.



*e saí nadando pelo mar até sumir no horizonte*

O que é o que é?

Sou anacromático
anencéfalo

Sou anormal
amoral

Sem mistério

Sou animal

quarta-feira, 29 de julho de 2009

______________99 = ?______________

A questão é a seguinte
99 não é vinte
A questão não é sucinta
99 não é trinta
A questão é extensa
99 não é 8 nem 80
A questão é complicada
99 não é nada

quarta-feira, 22 de julho de 2009

diálogo musicado entre patrão e empregado

Que tenebrosa visão,
que monstro aterrador!
Qual temível aberração
incomoda vosso rei e senhor?

Peço que me trates bem.
Não sabes, mas sou de grande valia
desprezas-me, só porque tem
em ouro grande quantia?

Pois saibas que no ouro
é que reside todo o poder,
é passado o tempo dos louros,
dos nobres a de terras viver.

De passado tratemos outrora.
O presente por si é propício,
para conversa mais sonora.
Se ao rei não for sacrifício.

Contes-me de pronto bruta besta
qual grande tema o traz até mim.
Todo meu tempo não é festa,
e tu não és feito de marfim!

O ganho que aqui faço
o meu sustento traz não
Já não tenho força no braço
Venho a ti pedir mais pão

Veja só que ousadia!
Não tens força muscular,
e vens em plena luz do dia
a sua deficiência me cobrar!

Sabes, sem minha labuta
não manténs vosso capital
precisas deste coberto de juta
deste reles serviçal

Como tu muitos tenho
na fábrica ao pé do portão
se comportas-te tão ferrenho
Vá embora, é a melhor solução.

Vou e vou de cabeça erguida
Apenas triste por não ter pão
Quero que saibas que minha vida
melhora com o fim de tanta opressão.

domingo, 19 de julho de 2009

Sobre a Genealogia da moral.

Não sobre ela em si, mas sobre o livro do Nietzsche, que leva o mesmo nome. Não gosto de ser estraga-prazeres, embora o livro seja uma exposição filosófica, não me sinto confortável para revelar exatamente como ele aborda essa questão. Prefiro dizer que a maneira como Nietzsche escreve parece aleatória, e é muito envolvente. Quando finalmente percebi aonde ele queria chagar, ele já havia chegado. E não em tons pastéis, mas sim de maneira triunfal e gritante. Isso que falo aplica-se a primeira dissertação, o livro é composto por três delas. Encontro-me no fim da segunda e me parece que essa estrutura de suspense se manterá até a terceira. Preciso dizer, que devido a esse método de escrita e à gravidade que possuem os temas propostos esse livro não é recomendado nem a cardíacos, nem a conservadores, visto que já traz no subtítulo o os dizeres "uma polêmica". Ao resto dos possíveis leitores, deliciem-se com esta grande obra de filosofia.