Vi um bebê
Um bebê
No metrô
Ela viu seu reflexo
na janela do vagão
Não se sabendo si mesma,
sorriu e brincou com o outro bebê.
Ter auto-estima é isso.
Não se reconhecer no espelho
e ao olhá-lo, gostar do que se vê.
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Não auto-estima, mas alter-estima: porque reconheceu não a si, mas um outro. Mas, coisa estranha — gostou porque não se viu, se tivesse se visto, desgostaria? Auto-estima — será?
ResponderExcluirEla que não se conhecia, estudou o caso que se apresentava, e concluiu: aquilo o que via era bom. Ela não gostava da consciência que tinha de si mesma, uma auto-estima epistêmica, mas gostava de seu comportamento e de sua aparência, uma auto-estima metafísica, a considerar que poucos bebês são cartesianos a ponto de duvidar da realidade dos reflexos do mundo exterior.
ResponderExcluirGenial!
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