Que tenebrosa visão,
que monstro aterrador!
Qual temível aberração
incomoda vosso rei e senhor?
Peço que me trates bem.
Não sabes, mas sou de grande valia
desprezas-me, só porque tem
em ouro grande quantia?
Pois saibas que no ouro
é que reside todo o poder,
é passado o tempo dos louros,
dos nobres a de terras viver.
De passado tratemos outrora.
O presente por si é propício,
para conversa mais sonora.
Se ao rei não for sacrifício.
Contes-me de pronto bruta besta
qual grande tema o traz até mim.
Todo meu tempo não é festa,
e tu não és feito de marfim!
O ganho que aqui faço
o meu sustento traz não
Já não tenho força no braço
Venho a ti pedir mais pão
Veja só que ousadia!
Não tens força muscular,
e vens em plena luz do dia
a sua deficiência me cobrar!
Sabes, sem minha labuta
não manténs vosso capital
precisas deste coberto de juta
deste reles serviçal
Como tu muitos tenho
na fábrica ao pé do portão
se comportas-te tão ferrenho
Vá embora, é a melhor solução.
Vou e vou de cabeça erguida
Apenas triste por não ter pão
Quero que saibas que minha vida
melhora com o fim de tanta opressão.
que monstro aterrador!
Qual temível aberração
incomoda vosso rei e senhor?
Peço que me trates bem.
Não sabes, mas sou de grande valia
desprezas-me, só porque tem
em ouro grande quantia?
Pois saibas que no ouro
é que reside todo o poder,
é passado o tempo dos louros,
dos nobres a de terras viver.
De passado tratemos outrora.
O presente por si é propício,
para conversa mais sonora.
Se ao rei não for sacrifício.
Contes-me de pronto bruta besta
qual grande tema o traz até mim.
Todo meu tempo não é festa,
e tu não és feito de marfim!
O ganho que aqui faço
o meu sustento traz não
Já não tenho força no braço
Venho a ti pedir mais pão
Veja só que ousadia!
Não tens força muscular,
e vens em plena luz do dia
a sua deficiência me cobrar!
Sabes, sem minha labuta
não manténs vosso capital
precisas deste coberto de juta
deste reles serviçal
Como tu muitos tenho
na fábrica ao pé do portão
se comportas-te tão ferrenho
Vá embora, é a melhor solução.
Vou e vou de cabeça erguida
Apenas triste por não ter pão
Quero que saibas que minha vida
melhora com o fim de tanta opressão.
Não posso dizer que esse foi dos meus preferidos =/
ResponderExcluirMas o texto não deixa de exemplificar bem o que queria, que é a relação entre o patrão, figura de poder, e o empregado, visto muitas vezes como uma ferramenta pelo patrão, e como ferramenta pode ser livremente usada/trocada.
Muito bom, o poema ficou mesmo surpreendente! continua escrevendo sempre, expoe tua opiniao/emocao sempre. As rimas ficaram boas de fato, eu nao conseguiria faze-las. Abraços, do Kiko
ResponderExcluirMeio Shakespeare, han?
ResponderExcluirPedrão
ResponderExcluirMostrou sensibilidade. Não é um Shakespeare porque o estilo é outro. Quem sabe um Bertold Bretch ou um Garcia Lorca, poetas engajados na causa operária. Posso copiar e mostrar aos meus amigos?
Abraço, Sérgio.
Desde que você não modifique nada no poema, mantenha o crédito a minha autoria e não mostre pro pessoal do PSTU tá tudo certo!
ResponderExcluirAbraços, recebidos e retribuidos
Muito bom. Vou mostrar aos meus amigos também.
ResponderExcluirhehehe
Adorei!
ResponderExcluirMe parece literatura de cordel.
Acho muito interessante tanto a colocação como as rimas.
Bom ver você, representante desta nova geração,
pensando a relação de trabalho arcaica e ainda presente no Brasil.
Continue pensando e escrevendo, pois agora a bola
esta nos pés de vocês e jogo esta apenas começando.
Muito orgulho de você!
Beijos
Patricia
Genial como sempre, Pedro!
ResponderExcluirParabéns.