Nos acostumamos a poluição,
e ao aquecimento global
Nos acostumamos ao crime,
ao assalto
Nos acostumamos a corrupção,
e à diferença social
Nos acostumamos aos muitos deveres,
e aos poucos direitos
Nos acostumamos à exploração,
e à falta de hospital
Nos acostumamos à esmola,
e à falta de escola
Nos acostumamos ao desmatamento,
e ao preconceito
Nos acostumamos à miséria,
e à falta de respeito
Nos acostumamos aos animais em extinção,
nos acostumamos ao circo sem pão
Nos acostumamos com tudo,
tudo que há de errado no mundo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Olá Pedrovsky
ResponderExcluirGostei da idéia. Só preciso me acostumar com a rima ocasional, que posso desde já chamá-la de rima 'de vez em quando'.
Tem um francês, Rimbaud, que fez alguns poemas com pouca rima. Era mais narrativo e utilizava o recurso do ritmo.
Abraço e saudação rubro-negra, Sérgio.