terça-feira, 15 de junho de 2010

Da diferença entre natural e artificial

Segundo meu ponto de vista a realidade é una e indivisível. Todos os entes pertencem a ela. Entretanto apesar de ser indivisível ela pode ser categorizada de diversas maneiras. Uma delas seria a divisão em dois conjuntos básicos, o Natural e o Artificial. Já expus essa setorização em um texto passado. Gostaria com esse novo texto colocar o fundamento dessa disposição a fim de esclarecer melhor as diferenças entre as entidades naturais e as artificiais. Acredito que haja um critério fundamental para a distinção entre tais dois grupos de entidades.
Esse critério seria o da composição. Explico. Como já foi colocado, a realidade é una e indivisível. Dessa maneira todos os seus entes são plenos de realidade. Tanto os naturais quanto os artificiais são, portanto, reais e plenos de realidade. Entretanto, eles são compostos de maneira diferente. Utilizo a expressão compostos já que tudo é feito de partes da realidade.
Antes de determinar essa categorização é necessário antes definir o que entendo por caráter. O caráter de um ente compreende suas potencialidades espontâneas, ou seja, as potencialidades a priori do objeto.
A composição dos entes naturais é normal. Por normal quero fazer entender aquilo que vem a se compor espontaneamente. As partes que compõe os objetos naturais agregam-se espontaneamente. Com isso quero dizer que o que as une é seu próprio caráter. Se a semente germina ao receber água isso ocorre simplesmente porque é do caráter da semente assimilar água espontaneamente. Ter uma composição normal é ser composto inercialmente, ou seja, sem um motriz que direciona a composição a todo o momento.
Ao contrário da composição normal dos entes naturais, há a composição anormal dos entes artificiais. Ela é anormal porque não é do caráter de suas partes agregarem-se. Por exemplo, uma lança do neolítico. Não é do caráter da pedra ser polida e unir-se por meio de um cipó a uma vara de madeira. Se isso não é de seu caráter como pôde ocorrer? Ocorre já que há a todo o momento um motriz direcionando a composição, determinando o encaixe de suas partes.
Pode-se argumentar neste ponto que uso comum de pedras para se fazer lanças torna a lâmina uma potencialidade da pedra. De fato é uma nova potencialidade. E justamente por ser nova, não é a priori, e sim a posteriori. Assim a lâmina continua artificial, e fora de seu caráter.
Dessa maneira pode-se fechar os conceitos de ente natural e artificial como sendo este, seguidor de seu caráter (composição normal) e aquele fugitivo de seu caráter (composição anormal). É o direcionamento do artífice que tira os entes naturais de sua inércia de caráter e os transforma, gerando uma composição anormal.
Espero ter conseguido demonstrar em que reside a diferença entre artificial e natural, e dessa maneira possibilitar a identificação de objetos como elementos desses dois conjuntos que fazem parte da nossa realidade.

6 comentários:

  1. foda! ficou perfeitamente claro :) c escreve muito bem pedro...

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  2. eu entendi melhor mas nao perfeitamente :/

    por isso eu disse que me sinto idiota hahaha

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  3. Não se menospreze por isso, cada um vê de maneira dferente o que é escrito, por mais objetivo que tentemos ser.

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  4. Olá Pedrovsky

    Dessa vez você foi fundo!

    Penso que posso apresentar um ponto de vista alternativo, a partir da citação: “...que uso comum de pedras para se fazer lanças torna a lâmina uma potencialidade da pedra.”

    Pra começar uma pedra é uma pedra. O uso de pedras para se fazer uma lâmina é uma potencialidade humana de transformar uma possibilidade de ‘uso’ da pedra.

    A diferença entre o natural e o artificial é a manipulação, até poucos dias atrás, de substâncias inertes – orgânicas ou inorgânicas – de organismos não recombinantes.

    A pesquisa de célula-tronco mudou esse conceito. Recentemente uma pesquisa obteve uma célula que pode artificialmente – por intervenção humana – ser recombinante. A Dolly é só replicante, ou seja, é só cópia da informação original. Criar um organismo que cria outro sem copiar é novidade.

    É necessário rever o conceito de natural e artificial.

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  5. tirei 10 no trabalho sobre isso e tava valendo 9 mais estava muito completo ganhei 10

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  6. Com tudo citado nestes, até então, e acrescentando, se e somente se houver sujeitos do conhecimento, em que denomina-se (ser humanos), para qual são as causas das artificialidades da existência, sendo esta denominada uma una de um todo, para a definição do natural quando comparado com artificial, pergunta-se então, se e somente se o ser do conhecimento é de fato natural ou artificial? Aplicando então um conceito sobre este, pode-se chegar em conclusões sendo algumas destas verdades e somente verdades não podendo se contradizem com base na filosofia dos princípios lógicos. Sendo o ser natural e sendo da natureza deste, ser ser consciente, fazendo parte de uma realidade de um todo do qual denomina-se uno e somente uno, sendo a existência de priori natural e somente natural, pensa-se que com base no já lido, toda realidade sedo una e esta sendo natural, a causa do sujeito do conhecimento tem que ser natural, e por consequência, é de feito natural, os produtos dos quais julgam-se ser de naturezas (artificiais) são na verdade de causas plenamente (naturais), uma vez que algo natural permanece em sua natureza constante, dadas as causa naturais pode-se obter produtos somente produtos naturais. por tanto tudo é (natural) e a causas (artificiais) são abstratas de impressões ilusórias causadas pelo sujeito do conhecimento já que o mesmo é de de causa plenamente natural.

    NOTA: A NÃO SER QUE O (HOMEM) E OU (NATUREZA) SEJAM DE (CAUSA) OU CAUSAS DE PRIORI ARTIFICIAIS SENDO ESTAS POR SUA VEZ DE(PRINCIPIO INTELIGENTE) O NOME DE UMA CRONICA COMENTADA QUE FIZ AO REFLETIR SOBRE OS OBJETOS DO ASSUNTO.

    AUTOR: Harleison Barbosa Rodrigues
    e-mail: HARLEI_RODRIGUES@HOTMAIL.COM

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